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Notícias do mercado imobiliário

Construtoras devem mudar plantas de imóveis no pós-pandemia

Pesquisa aponta que 40% dos brasileiros desejam adquirir imóveis
novos; casas maiores com quintal e apartamentos com varandas são
preferências - Plantas


O mercado imobiliário vai carregar, em 2021, as marcas deixadas pela
pandemia. A principal tendência é o desenho de novos formatos de
apartamentos, com espaço para escritórios dentro do lar e/ou nas áreas
comuns do edifício, além de áreas adaptadas para limpeza e estocagem de
itens que chegam pelo comércio eletrônico. Essas tendências foram
apontadas em estudo que ouviu 98 profissionais do setor neste mês,
realizado a pedido do Amazonita Clube, novo centro de estudos do setor,
composto por empreendedoras e executivas. plantas de imóveis

A segunda principal tendência é a continuidade no avanço da digitalização das empresas, desde o atendimento virtual até a assinatura remota de contratos.
O terceiro ponto mais citado é a perspectiva de redução da área de sede
demandada por companhias, devido à popularização do home office.

A
Trisul, por exemplo, decidiu que seus novos estandes não terão mais a
maquete física do empreendimento. Em vez disso, o cliente poderá fazer
um tour virtual pelo projeto a partir de qualquer telinha (celular,
tablet, monitor no estande etc). Haverá opções como dar zoom em detalhes
do projeto e assistir a vídeos ilustrativos. Ao mesmo tempo, a
incorporadora espera economizar com a compra de maquetes físicas,
segmento com escassez de fornecedores.

O ranking também aponta
outras tendências de negócios pouco explorados no País até aqui, como a
perspectiva de um forte crescimento do setor de reformas de imóveis; e o
avanço dos “resort offices”, isto é, hotéis de alto padrão que combinam
trabalho e lazer

Isolamento social – plantas de imóveis

O
desejo de compra vem junto com novas exigências por parte dos
consumidores, já que 15% dos entrevistados apontaram que o isolamento
social interferiu no estilo de imóvel desejado. Por exemplo, 19%
responderam que não comprariam um imóvel sem varanda. Na faixa de renda
acima de R$ 13.492,01, 40% das pessoas disseram que a fase de quarentena
alterou os desejos imobiliários.

Schveitzer acredita que a
mudança na forma como as pessoas interagem com seus imóveis por conta do
isolamento social alterou também as demandas e expectativas com relação
aos imóveis, fazendo com que busquem por espaços com mais áreas abertas
e com mais conforto. “É um indicativo que precisa ser considerado na
concepção de novos produtos imobiliários”, alerta.

A afirmação é
endossada por outro estudo citado por Fábio Tadeu Araújo, economista e
sócio-diretor da Brain Inteligência Estratégica, sobre o relacionamento
das pessoas com as próprias residências durante a quarentena. De acordo
com os dados, os moradores de casas com quintal sofreram menos com o
isolamento social, por isso as áreas livres ganharam importância. Já
quem vive em apartamentos com varandas pequenas, ou até sem este espaço,
ficou fatigado mais rapidamente do que quem podia usar a área aberta do
imóvel.

Esta segunda pesquisa qualitativa, realizada em setembro
de 2020, englobou 120 moradores das capitais São Paulo, Curitiba,
Fortaleza, Recife, Goiânia, Brasília, Porto Alegre e João Pessoa a fim
de entender o que mudou na relação das pessoas com imóveis durante o
período de isolamento social. “O crescimento se deve ao fato de que as
pessoas obrigadas a ficarem reclusas em casa começaram a ver a
necessidade de mudança de imóvel. Mesmo quem não tinha essa ideia antes
percebeu que era o momento para, pelo menos, iniciar a procura”, explica
Araújo.

Mercado imobiliário de alto padrão

Quem percebeu
esse panorama na prática foi Alexandre Villas, diretor da Lopes, que
administra a Imóvel A, considerada uma das principais boutiques privates
do mercado imobiliário, que conta com um crescimento de mais 300% na
procura de casas em bairros nobres de São Paulo, como Jardim Paulista,
Jardim Europa e Jardim América, em toda a operação de luxo da empresa
durante a pandemia.

Essa foi a razão pela qual a empresa firmou
uma parceria com arquitetos renomados de São Paulo, para entregar ao
cliente uma consultoria completa, já que são casas antigas, que, na
maioria das vezes, precisam de um retrofit para atender as demandas
atuais, como mudança de layout, automação, construção de piscina e
afins. “Com esse estudo é possível o comprador já ter ideia do que
precisa fazer, como vai ficar e o quanto vai custar”, diz.

Segundo
Villas, o aumento também foi significativo na procura por casas de
campo e de praia, principalmente nos condomínios de luxo no interior de
São Paulo. “Com o home office, muitos profissionais não precisam mais
estar a semana inteira no escritório e podem viver a maior parte dos
dias no campo ou na praia”, conclui.

O que não pode faltar na “casa da pandemia”

“Acredito
que essa situação de isolamento trouxe a consciência do valor de uma
casa bonita, funcional e bem estruturada para quem a habita, enfim um
espaço que possa proporcionar bem-estar acima de tudo”, diz a arquiteta
Patrícia Martinez. Ela enumera algumas características comuns e
importantes para se ter em mente na hora de pensar em uma casa para esse
novo momento:

– Um home office estruturado em casa, que agora sai
do “quartinho do fundo” para uma condição muito confortável, arejada e
ergonômica;

– Um espaço para ginástica ou meditação em casa também
entra com muita intensidade, já que as pessoas passam a entender a
importância da saúde;

– Nessa linha também entram os espaços
abertos, principalmente para quem mora na cidade grande, em
apartamentos, que passa a pensar em otimizar melhor a varanda;


Por fim, a presença da natureza dentro de casa também vem com força
nesse novo momento, pois as pessoas sentem cada vez mais falta desse
contato
20/01/2021 Fonte: Revista Casa e Jardim

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